Gastronomia funcional | Veja o que Marcelo Facini nos ensina

Marcelo Facini será o convidado especial da Semana da Gastronomia do Rituaali Clínica & Spa, que acontece de 19 a 25 de novembro em Penedo

Conteúdos

Executivo especializado em finanças e Marketing, Marcelo Facini abdicou de sua carreira em multinacionais para seguir sua paixão: a gastronomia funcional. Desde criança, o chef, que estudou em renomadas escolas de gastronomia funcional internacionais, como a Le Cordon Bleu e o Natural Gourmet Institute, já sabia o que estava por vir: aprendeu a cozinhar aos 8 anos de idade e, aos 13, fez seu primeiro pão. Marcelo Facini será o convidado especial da Semana da Gastronomia Funcional do Rituaali Clínica & Spa, que acontece de 19 a 25 de novembro em Penedo, a poucas horas do Rio de Janeiro e de São Paulo. E garante: “Os hóspedes do Rituaali perceberão que comer bem é muito mais fácil que imaginam. É mais saudável e, muitas vezes, muito mais saboroso”.  

Você é vegano há quanto tempo? Como começou?

Fui vegetariano por 6 anos e há 3 anos minha alimentação é a base de plantas. A mudança foi gradativa. Comecei primeiramente  há 11 anos retirando leite e derivados. Depois a carne vermelha. Só estava comendo ovos quando há 3 anos decidi excluir todos os alimentos de origem animal de minha alimentação. Documentários como: Terráqueos, A Carne é Fraca, Cowspiracy, Forks over Knives, Fed Up e What the Healthy? foram fundamentais para estas mudanças em meu estilo de vida. Alimentar-me somente de plantas foi melhor a decisão de minha vida.  

Como surgiu seu interesse pela gastronomia funcional?

Cozinho desde que tinha 8 anos de idade. Sempre amei cozinhar. E foi observando vizinhas cozinheiras e minha irmã que fui me inspirando cada vez mais. Queria poder comer coisas diferentes e então, eu mesmo fui aprender como fazer. Minha mãe não era apaixonada por cozinhar mas adorava comer bem,  e assim, ela sempre foi minha incentivadora. Tive o privilégio de morar em uma área onde tinham chácaras e pés de várias frutas espalhadas pela vizinhança. Minha infância foi uma experiência incrível onde pude comer cenoura, beterraba, só tirando um pouco da terra mesmo, e as mais frutas diversas eu comia ali, no próprio pé. Meu primeiro pão fiz quando tinha 13 anos e aprendi com um senhor idoso que me mostrou a arte mágica da panificação artesanal.  

Você sempre pensou em gastronomia funcional relacionada à saúde? 

Não. Com a adolescência e sérios problemas estruturais familiares, veio a depressão e, com isso, a minha conexão mudou completamente. Embora amasse cozinhar, comia por “obrigação” e por necessidade. Era como se fosse “perda de tempo” ou sem qualquer importância. Não priorizava a alimentação em minha vida. Durante muitos anos, aquela conexão que tinha na infância ficou adormecida. Foi só após ter passado por alguns problemas sérios de saúde e ainda vivendo com depressão que aos 39 anos mudei radicalmente. Tornei-me vegetariano (e depois vegan) e logo tive um despertar, e comecei a ver o alimento como meu remédio, a minha salvação. Aí, toda a minha relação mudou e me senti parte de um todo, como se estivesse conectado com uma rede com cada ser vivo, e por conseguinte, com a vida em cada alimento.  

Na sua opinião, o que é uma alimentação saudável de verdade na gastronomia funcional?

Comer comida de verdade, integral, sem químicas e aditivos industriais, alimentação repleta de legumes, verduras, grãos, sementes, frutas, leguminosas, alimentos com densidade nutricional, ricos em fibras na gastronomia funcional.  

Alimentação e sustentabilidade podem ser complementares na gastronomia funcional? Como?

A sustentabilidade do planeta e da humanidade está intrinsecamente ligada com o nosso modo de se alimentar na gastronomia funcional. Já é sabido que não há melhor opção para a continuidade do planeta e suas espécies do que uma alimentação baseada em plantas. Problemas como o efeito estufa, desmatamento, falta de água, erosão, alterações climáticas, e ainda, a fome, seriam gradativamente solucionados.  

Você acredita que os alimentos são, de certa forma, medicamentos na gastronomia funcional? 

Este é o lema que dirige minhas decisões gastronômicas na gastronomia funcional. Os fitonutrientes são, na verdade, a base para quase todos os “remédios” que temos hoje em dia desenvolvidos ou não pelas indústrias farmacêuticas. Para que tomar estes remédios se podemos ir diretamente à fonte, os alimentos em sua natureza? Não existem fitonutrientes em produtos de origem animal. Presencio a cada dia milagres sendo realizados por meio da alimentação saudável. Quando mais nenhum remédio adiantava, foi a alimentação como remédio que mudou radicalmente a vida de muitas pessoas. Entre elas, eu, minha mãe, minha sobrinha, meu sócio, amigos e tantos seguidores do meu Instagram que encontrei nesta jornada.  

Muitas pessoas alegam falta de tempo para alimentar-se saudavelmente na gastronomia funcional. De que forma é possível superar esse obstáculo para ter uma alimentação equilibrada no dia a dia?

Tudo é questão de prioridade. Uma pessoa diz que não tem tempo para ir aos médicos, fazer exames e quando menos espera está internada em uma cama hospitalar. Neste momento, fazer exames e ficar bem, se tratar, passou a ser a sua prioridade. Quando se entende que se alimentar bem é uma das prioridades da vida na gastronomia funcional: comer bem, dormir bem, exercitar-se regularmente e se conectar espiritualmente, aí encontramos o tempo necessário. Vejo uma inversão de valores, prioridades. Temos tempo para nos arrumar, para nos divertir, para trabalhar, para comprar, para namorar e não temos tempo para comer direito? Se não comer direito, ficará doente, e então, não terá realmente tempo para nada mais a não ser, se cuidar. Novamente, tudo é uma questão de prioridade.

Que dicas você pode dar para quem quer começar a mudar os hábitos na gastronomia funcional? 

Começar com um belo suco “verde” pelas manhãs. A partir daí sentirá já uma grande diferença no seu organismo. Após isto, reduzir o consumo de alimentos industrializados, retirar o glúten, leite e seus derivados e carne vermelha. As mudanças são muitas vezes gradativas, mas impactantes. Ao longo das semanas, introduzir novos alimentos que talvez não tenha costume. Experimentar novos sabores e texturas na gastronomia funcional. A partir daí, o processo vai sendo natural, com a retirada das outras carnes, dos ovos e sentindo seu corpo e mente vibrarem de energia e saúde.

O que os hóspedes do Rituaali podem esperar da sua participação na Semana Especial de Gastronomia Funcional?

Podem esperar muitas dicas, informações valiosas sobre alimentos e suas propriedades funcionais, sinergias alimentares, potencialização da absorção de nutrientes, receitas práticas, versáteis e deliciosas na gastronomia funcional. Perceberão que comer bem é muito mais fácil que imaginam. É mais saudável e, muitas vezes, muito mais saboroso.

gastronomia funcional

Referências:

https://www.ngihca.edu/
https://www.cordonbleu.edu/home/pt-br

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