Por que atividade física é vital no tratamento contra depressão?

Quer saber o que acontece em nosso cérebro quando nos exercitamos? Confira esse post!

Conteúdos

Atualmente, a depressão é um dos problemas de distúrbio psicológico que mais afeta milhões de pessoas em todo mundo, sendo classificada como transtorno de humor, podendo ser leve, moderada ou severa e, nos piores casos, levar ao suicídio. A relação da atividade física e depressão pode contribuir positivamente nos reajustes dos neurotransmissores envolvidos na saúde mental.

Isso porque há uma série de alterações benéficas que acontecem no nosso organismo quando praticamos exercício físico e, esse, por sua vez, auxilia tanto na prevenção contra a depressão quanto na melhora da qualidade de vida.

Interessou-se pelo assunto? Então continue lendo este artigo e descubra como a atividade física pode ajudar no tratamento contra depressão.

O que acontece em nosso cérebro quando nos exercitamos?

Quando praticamos atividade física, ocorre uma série de alterações bioquímicas e fisiológicas no nosso organismo que envolvem a regulação, a liberação e a ativação de neurotransmissores que auxiliam na diminuição da depressão e promovem o bem-estar.

Além dos músculos, dos pulmões e do coração, o cérebro também entra em ação e libera substâncias, como a adrenalina, a endorfina e a dopamina, que são importantíssimas para o sistema nervoso.

A adrenalina é responsável por preparar o corpo para que a pessoa fique mais atenta às reações de fuga e luta. É por meio desse hormônio que temos o aumento da frequência cardíaca, a redistribuição do fluxo sanguíneo, a boca seca e a dilatação das pupilas, quando praticamos qualquer atividade física.

Já a endorfina, além de ser é conhecida como hormônio da alegria, ainda é considerada um analgésico natural, pois tem a capacidade de aliviar as dores e trazer a sensação de alívio e bem-estar para o organismo. Isso porque esse neurotransmissor desempenha um importante papel no sistema nervoso central, uma vez que despolariza as membranas celulares e reduz os impulsos nervosos, diminuindo a tensão no corpo e mantendo um melhor estado psicossocial.

Por fim, a dopamina também é liberada e desencadeia impulsos nervosos que oferecem a sensação de tranquilidade e contentamento, diminuindo a ansiedade ao final da atividade física.

É em razão dessas e de outras substâncias bioquímicas que, muitas vezes, nos sentimos relaxados e felizes logo após a prática de exercícios físicos.

Quais são os benefícios da atividade física para as pessoas com depressão?

A prática de atividade física não se resume apenas à liberação dos hormônios, pois ela ainda ajuda a minimizar o sofrimento físico e psíquico, trazendo benefícios em curto, médio e longo prazo.

Em curto período, além de o exercício físico trazer a sensação de relaxamento e prazer, ele proporciona a distração dos estímulos estressores, isto é, alivia o estresse e o nervosismo. Consequentemente, há uma melhora da disposição física e do humor.

Exercitar-se em médio prazo faz com que a pessoa tenha uma noite tranquila, pois melhora a qualidade do sono e diminui a insônia, devido à liberação de substâncias que promovem o bem-estar. Além disso, essa prática melhora a capacidade respiratória, o condicionamento físico e o fluxo sanguíneo cerebral, como também pode oferecer a oportunidade de interação social, uma vez que o indivíduo tem convívio regular com as outras pessoas.

Em longo prazo, a prática de atividade física eleva a autoestima, fortalece a musculatura e melhora as funções cerebrais e a qualidade de vida, fazendo com que a pessoa se sinta bem, sendo uma excelente opção para a prevenção e o tratamento da depressão.

Além desses benefícios, os exercícios físicos podem oferecer outras vantagens, como:

  • aumento da confiança;
  • melhora do controle sobre sua vida e seu corpo;
  • diminuição da ansiedade, do estresse e da tensão;
  • favorecimento do autocontrole psicológico;
  • produção de efeitos calmantes sobre o organismo;
  • redução do risco de diminuição funcional;
  • promoção de estratégias de enfrentamento para o problema.

Vale ressaltar que esses benefícios para saúde mental têm uma maior efetividade quando a prática de atividade física tende a ser de longo prazo. Sendo assim, é fundamental buscar um exercício o qual a pessoa goste e sinta prazer em realizar, caso contrário, a atividade trará a sensação de obrigatoriedade.

Qual deve ser o tipo de atividade física?

A prática de atividade física deve ser agradável para que o exercício seja eficiente na melhoria do problema.

Geralmente a atividade de caráter aeróbica e não competitiva tende a ser mais efetiva. Para isso, é preciso realizar de 20 a 60 minutos de exercícios com intensidade moderada, por cerca de 3 a 5 vezes por semana, para que haja a liberação dos neurotransmissores e uma contribuição positiva, tanto física quanto psicológica.

No entanto, os exercícios com alta intensidade não são indicados para o tratamento contra a depressão, uma vez que esses estão associados a estados negativos, como cansaço e dor.

Para a pessoa com depressão, a falta de motivação é um sintoma incapacitante para a realização de atividade física. Dessa forma, ela deve começar devagar, com uma caminhada, por exemplo, que, além de movimentar um pouco, trará pequenas alterações de bem-estar, o que possibilitará o aumento do tempo da caminhada e, até mesmo, a mudança do exercício para um que gere mais prazer e possibilite o relaxamento.

Além disso, a combinação da atividade física e depressão, inicialmente, pode ser uma rotina com diversos desafios, mas algumas etapas podem ajudar, tais como:

  1. identificar o tipo de exercício físico que goste de fazer e ao invés de imaginá-lo como uma tarefa árdua em sua vida, pensar que essa é uma das ferramentas que o ajudará a melhorar;
  2. conversar e obter apoio do médico ou profissional de saúde mental, a fim de receber orientações de como a prática de atividade física pode se encaixar no tratamento;
  3. estabelecer metas razoáveis as quais estejam de acordo com as suas necessidades e habilidades, em vez de definir diretrizes improváveis de atender;
  4. preparar-se para os obstáculos e contratempos que possam surgir quando pular um dia de exercício e achar que nada funciona, o que não significa que deve desistir, apenas tente novamente no dia seguinte e dê a si mesmo todo o crédito pelas vezes que conseguir a voltar se exercitar.

Dessa forma, além de a atividade física ser um instrumento de forte valor terapêutico, ela é uma ótima alternativa para aliviar as emoções, tensões e frustrações do dia a dia. No entanto, essa prática deve ser apenas uma parte do tratamento multidisciplinar contra a doença, que também precisa ser aliado à psicoterapia e ao tratamento farmacológico, quando recomendado pelo profissional especializado.

Agora que você já sabe a importância da combinação da atividade física para combater a depressão, mantenha-se informado. Assine a nossa newsletter e fique por dentro das principais novidades e conteúdo do nosso blog.

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