O Poder do Relógio Biológico

Desvende os mistérios do seu relógio biológico e otimize sua rotina para uma vida mais saudável. Dr. Luiz Sella explica como respeitar os ciclos naturais do corpo, evitando o "jet lag social" e seus impactos negativos. Dicas essenciais incluem dormir cedo, jantar leve, manter horários regulares de refeições e praticar exercícios físicos no momento ideal. Aprenda a sintonizar-se com seu relógio biológico para um bem-estar duradouro.

Conteúdos

Você acorda todos os dias no mesmo exato minuto. Naquele milésimo de segundo pontualmente antes do despertador tocar, seus olhos abrem para uma nova manhã e você pensa: “Impressionante o meu relógio biológico”. Sim, ele é incrível. E influencia muito mais o nosso organismo (e a nossa vida) do que se imagina.

Todo ser vivo (inclusive as plantas) tem um ciclo de atividade e descanso relacionado aos períodos diurno e noturno, o chamado “circadiano” (cerca de um dia), comandado pela luz do sol. Nos seres humanos, células na retina sensíveis à luminosidade avisam ao cérebro que um novo dia está começando. Inicia-se, assim, a produção de hormônios reguladores de processos fisiológicos que, ao longo das 24 horas seguintes regerão também a temperatura corporal, o funcionamento intestinal e a pressão arterial, além do sono.

“Os níveis de atenção e energia flutuam ao longo do dia. Temos momentos de alta performance mental e outros de sonolência e lentidão intelectual. Entender o seu relógio biológico vai lhe ajudar a ajustar sua rotina aos seus ritmos biológicos, otimizando assim seu rendimento”, afirma Dr. Luiz Sella, médico Mestre em Medicina de Estilo de Vida.

Relógio Biológico

Consequências do “jet lag social” no seu Relógio Biológico

Muitas pessoas desrespeitam o ritmo interno em função de compromissos, causando o que os cientistas chamam de “jet lag social”, ou seja, uma diferença de duas ou mais horas entre os horários de sono nos dias de trabalho e de folga. Em um estudo sobre os hábitos de 65 mil pessoas, o especialista em cronobiologia Till Roenneberg, da Universidade de Munique, descobriu que 69% delas sofrem com o mal e que para 15%, o relógio biológico está desconectado em mais de 3 horas da hora oficial.

A consequência é um problema de saúde pública. A alteração do ciclo circadiano provoca sonolência, insônia e, em longo prazo, aumenta o risco de obesidade, derrame, predisposição ao diabetes e alterações cardiovasculares, cognitivas e no desempenho físico, além de baixa imunidade e alimentação irregular (pessoas com esse descompasso tendem a comer trash food, alimentos pouco nutritivos com excesso de carboidratos e gorduras).

Para estudantes, a ausência de rotina se torna crítica. É durante o sono profundo que ocorrem processos importantes relacionados à memória, ao aprendizado e à renovação celular. “Respeitar o relógio biológico significa respeitar nossos limites, nossa biologia. É impossível ter saúde plena desrespeitando as leis naturais que governam o funcionamento do nosso organismo, da mesma forma que um carro movido à gasolina não vai funcionar direito se for abastecido com óleo diesel”, explica Dr. Sella.

Veja as recomendações do médico para uma vida mais saudável:

  • Dormir enquanto está escuro; deitar cedo e acordar cedo (22h às 06h). Dormir tarde prejudica o repouso pela diminuição da liberação de melatonina.
  • Jantar cedo, algo leve como sopa, salada, um sanduíche, nada com muita proteína ou gordura, que requer uma digestão mais trabalhosa.
  • Ter horários regulares para as refeições (desjejum, almoço e jantar).
  • Praticar exercícios físicos pela manhã ou à tarde (a noite pede atividades relaxantes, é antifisiológico fazer exercícios intensos quando o corpo está se preparando para encerrar o dia).

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