Descubra como controlar a TPM naturalmente

Descubra como controlar a tensão pré-menstrual naturalmente! Explore três abordagens: fitoterapia com ervas como camomila e óleo de prímula; hidroterapia com banhos quentes e escalda-pés; e aromaterapia com óleos essenciais como lavanda e flor de citrus. Conheça essas estratégias e melhore sua qualidade de vida!

Conteúdos

A Tensão Pré-Menstrual (TPM) é uma realidade para muitas mulheres em idade fértil. Os sintomas, que podem variar de irritabilidade a dores físicas, podem ser tão intensos a ponto de serem classificados como Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM).

Essa condição não apenas afeta o bem-estar físico, mas também pode impactar significativamente os relacionamentos familiares e sociais, devido às mudanças comportamentais que ocorrem.

É fundamental dar atenção a esses sintomas e desenvolver estratégias para controlá-los, visando melhorar a qualidade de vida e os relacionamentos. Enquanto algumas mulheres recorrem a medicamentos para alívio dos sintomas, outras buscam terapias alternativas, visando controlar a TPM naturalmente.

Neste artigo vamos explorar a contribuição das terapias naturais para o controlar a TPM naturalmente.

controlar a TPM naturalmente

As 4 dicas de como podemos controlar a TPM naturalmente

1. Fitoterapia no controle da TPM

A Fitoterapia é o termo dado à forma terapêutica cujo os constituintes ativos são plantas ou derivados vegetais, e que tem sua origem no conhecimento popular. As plantas usadas para este fim são as tradicionalmente denominadas plantas medicinais.

Dentre as principais ervas que podem promover alívio aos sintomas da TPM, podemos citar a camomila, ela possui propriedades terapêuticas com efeitos anti-inflamatórios, anti espasmódicos (melhora de cólicas menstruais) e de controle da ansiedade (1).

Diferentes estudos apresentam o vitex agnus castus como um destaque, por possuir uma capacidade de regular os desequilíbrios hormonais, sendo inclusive utilizado como tratamento durante todo o ciclo menstrual e não somente no período da TPM (2,3,4).

O óleo de prímula também é muito estudado para melhora dos sintomas da TPM, o seu uso deve ser contínuo, a ação não é imediata, no entanto a partir de 4 meses de tratamento já é possível observar uma resposta significativa (5)

Um estudo duplo cego feito com o intuito de confirmar a ação da curcumina (princípio ativo presente na cúrcuma), na melhora dos sintomas da TPM, confirmou que o uso dela sete dias antes do ciclo menstrual e três dias após, pelo período de três ciclos consecutivos, promoveu melhora dos sintomas. Provavelmente pela alta capacidade anti-inflamatória presente na curcumina (6).

Infusões com ervas diuréticas também podem contribuir para a melhora do inchaço, muito comum nesta fase, algumas delas são: hibisco, cavalinha, salsinha e cabelo de milho.

Outras ervas, como Hipérico, Melissa, Valeriana, Erva-doce e Gengibre, são citadas por suas propriedades calmantes, ansiolíticas e antiespasmódicas, contribuindo para o alívio da TPM. Além disso, o aumento do consumo de alimentos como germe de trigo e semente de linhaça também pode trazer resultados favoráveis na melhora dos sintomas, auxiliando assim a controlar a TPM naturalmente.

Além disso, o aumento do consumo de alimentos como o germe de trigo e a semente de linhaça também apresentam resultados favoráveis na melhora destes sintomas (7).

2. Hidroterapia no Controle da TPM

A Hidroterapia envolve o uso da água em seus diferentes estados e temperaturas para fins medicinais e terapêuticos.

Os banhos quentes também ajudam a controlar a TPM naturalmente, pois eles promovem relaxamento muscular, aliviando as tensões físicas, e contribuem para a diminuição do estresse e da ansiedade, além disso estimulam a circulação, o que pode aliviar cólicas menstruais.

Associados a infusão de ervas estes banhos podem ter seus benefícios aumentados, por exemplo, um banho de imersão calmante (usando infusão concentrada de ervas com ação calmante), banho de imersão ansiolítico (usando ervas com ação ansiolítica), banho de imersão anti-insônia (usando ervas que promovem a melhora do sono) podem contribuir para controlar a TPM naturalmente.

Embora haja pouca evidência científica específica sobre a eficácia da hidroterapia no tratamento da TPM, sabemos que banhos como escalda pés contínuo, que consiste em colocar os pés em um balde com água quente (38-40° C) por um período de 15 a 20 minutos promove melhora das cólicas menstruais, além disso a bolsa de água quente em região de baixo ventre também alivia dores menstruais.

Embora haja pouca evidência científica específica sobre a eficácia da hidroterapia no tratamento da TPM, sabemos que práticas como o escalda-pés contínuo, que consiste em colocar os pés em um balde com água quente (38-40° C) por um período de 15 a 20 minutos promove melhora das cólicas menstruais, podem proporcionar alívio das cólicas menstruais e das dores menstruais. Assim, a hidroterapia pode ser uma das opções para quem deseja controlar a TPM naturalmente.

3. Aromaterapia no controle da TPM

A aromaterapia consiste no uso de óleos essenciais aromáticos para promover o bem estar físico e emocional. Alguns óleos como o de lavanda, camomila, gerânio, têm sido utilizados para aliviar o estresse, reduzir a ansiedade e promover o relaxamento, o que é muito benéfico para as mulheres que querem controlar a TPM naturalmente.

Um ensaio clínico feito com 62 estudantes, avaliou o uso do óleo essencial de flor de citrus e após a intervenção concluiu que o uso deste óleo apresentou uma melhora significativa nos sintomas psicológicos da TPM. (8).

Outro estudo com estudantes usando o óleo essencial de lavanda, onde foram feitas em média 5 sessões para cada ciclo menstrual, obteve-se uma resposta significativa de melhora aos sintomas de ansiedade, afeto depressivo, dor, distensão abdominal e pensamentos depressivos, com isso conclui-se que a aromaterapia inalatória é recomendada para controlar a TPM naturalmente.(9).

Uma fragrância japonesa de frutas cítricas com o nome de Yuzu, em forma de óleo essencial também apresentou resultados muito satisfatórios na melhora dos sintomas da TPM, o estudo feito no Japão com 17 mulheres na faixa etária dos 20 anos, propôs a inalação por 10 min com o aroma de Yuzu e o resultado foi a significativa diminuição da frequência cardíaca, refletindo na atividade parassimpática, o que promoveu a diminuição da tensão, ansiedade, raiva, hostilidade e fadiga (10).

4. Estilo de vida saudável no controle da TPM

Um estilo de vida saudável também é fundamental para quem deseja controlar a TPM naturalmente, uma dieta saudável, a prática de exercício físico, hidratação adequada, horários de sono regulares, exposição adequada ao sol e a prática de respiração consciente são alguns dos elementos fundamentais para a promoção da melhora da qualidade de vida em geral, e em especial neste contexto de saúde da mulher.

A prática de exercícios aeróbicos, como por exemplo, caminhada, natação e corrida, são recomendadas como tratamento, promovendo benefícios na fase lútea e ajudando a controlar a TPM naturalmente. (11, 12).

Conclusão

Assim, as terapias e um estilo de vida saudável oferecem uma abordagem holística para controlar a TPM naturalmente, ajudando as mulheres a encontrar alívio dos diversos sintomas físicos e emocionais deste período.

O autoconhecimento neste contexto também se torna muito importante. A compreensão da fase do ciclo menstrual que a mulher se encontra favorece a identificação, controle e manejo dos sintomas tão indesejados.

Vale destacar que é importante consultar um profissional de saúde qualificado antes de iniciar qualquer tipo de tratamento, especialmente se houver condições médicas pré existentes. Com uma abordagem integrativa que combina as terapias naturais, estilo de vida saudável e cuidados de saúde adequados, as mulheres podem encontrar o equilíbrio e bem estar em todo o ciclo menstrual.

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REFERÊNCIAS:

  1. Khalesi, Z. B., Beiranvand, S. P., & Bokaie, M. (2019). Efficacy of Chamomile in the Treatment of Premenstrual Syndrome: A Systematic Review. Journal of pharmacopuncture22(4), 204–209. https://doi.org/10.3831/KPI.2019.22.028
  2. Zamani, M., Neghab, N., & Torabian, S. (2012). Therapeutic effect of Vitex agnus castus in patients with premenstrual syndrome. Acta medica Iranica50(2), 101–106.
  3. Momoeda, M., Sasaki, H., Tagashira, E., Ogishima, M., Takano, Y., & Ochiai, K. (2014). Efficacy and safety of Vitex agnus-castus extract for treatment of premenstrual syndrome in Japanese patients: a prospective, open-label study. Advances in therapy31(3), 362–373. https://doi.org/10.1007/s12325-014-0106-z
  4. Ambrosini, A., Di Lorenzo, C., Coppola, G., & Pierelli, F. (2013). Use of Vitex agnus-castus in migrainous women with premenstrual syndrome: an open-label clinical observation. Acta neurologica Belgica113(1), 25–29. https://doi.org/10.1007/s13760-012-0111-4
  5. Mahboubi M. (2019). Evening Primrose (Oenothera biennis) Oil in Management of Female Ailments. Journal of menopausal medicine25(2), 74–82. https://doi.org/10.6118/jmm.18190
  6. Khayat, S., Fanaei, H., Kheirkhah, M., Moghadam, Z. B., Kasaeian, A., & Javadimehr, M. (2015). Curcumin attenuates severity of premenstrual syndrome symptoms: A randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Complementary therapies in medicine23(3), 318–324. https://doi.org/10.1016/j.ctim.2015.04.001-
  7. Maleki-Saghooni, N., Karimi, F. Z., Behboodi Moghadam, Z., & Mirzaii Najmabadi, K. (2018). The effectiveness and safety of Iranian herbal medicines for treatment of premenstrual syndrome: A systematic review. Avicenna journal of phytomedicine8(2), 96–113.
  8. Heydari, N., Abootalebi, M., Jamalimoghadam, N., Kasraeian, M., Emamghoreishi, M., & Akbarzadeh, M. (2018). Investigation of the effect of aromatherapy with Citrus aurantium blossom essential oil on premenstrual syndrome in university students: A clinical trial study. Complementary therapies in clinical practice32, 1–5. https://doi.org/10.1016/j.ctcp.2018.04.006
  9. Uzunçakmak, T., & Ayaz Alkaya, S. (2018). Effect of aromatherapy on coping with premenstrual syndrome: A randomized controlled trial. Complementary therapies in medicine36, 63–67. https://doi.org/10.1016/j.ctim.2017.11.022
  10. Matsumoto, T., Kimura, T., & Hayashi, T. (2017). Does Japanese Citrus Fruit Yuzu (Citrus junos Sieb. ex Tanaka) Fragrance Have Lavender-Like Therapeutic Effects That Alleviate Premenstrual Emotional Symptoms? A Single-Blind Randomized Crossover Study. Journal of alternative and complementary medicine (New York, N.Y.)23(6), 461–470. https://doi.org/10.1089/acm.2016.0328
  11. Liguori, F., Saraiello, E., & Calella, P. (2023). Premenstrual Syndrome and Premenstrual Dysphoric Disorder’s Impact on Quality of Life, and the Role of Physical Activity. Medicina (Kaunas, Lithuania)59(11), 2044. https://doi.org/10.3390/medicina59112044
  12. Ravichandran, H., & Janakiraman, B. (2022). Effect of Aerobic Exercises in Improving Premenstrual Symptoms Among Healthy Women: A Systematic Review of Randomized Controlled Trials. International journal of women’s health14, 1105–1114. https://doi.org/10.2147/IJWH.S371193

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