Um dia, ao fazer alguns exames de rotina, você descobre que está com a taxa de ácido úrico elevada. Ou, então, começa a sentir alguns desconfortos em uma das articulações e alguém alerta: “cuidado, pode ser o ácido úrico”. Mas, afinal, você sabe o que é ácido úrico e por que essa é uma condição que merece atenção e cuidado? Se você tem dúvidas sobre o tema, continue a leitura e saiba mais sobre esse problema de saúde.
O que é ácido úrico e qual sua função no nosso organismo?
O ácido úrico é uma substância natural do nosso corpo. Ele se forma devido à digestão das proteínas, após a quebra das moléculas de purina (um tipo de proteína presente em vários alimentos). Depois desse processo, parte da substância permanece no sangue, e o que resta é eliminado pelos rins, por meio da urina. Assim, a presença do ácido úrico no nosso corpo é algo totalmente normal e que não causa nenhum problema — a não ser quando as suas taxas estão elevadas.
Essa condição é o que os médicos chamam de “hiperuricemia”. São considerados níveis adequados no sangue até 7 mg/dl nos homens e 5,7 mg/dl nas mulheres. Quando as taxas estão elevadas, pequenos cristais de urato de sódio começam a se formar. Eles têm um formato semelhante a pequenas agulhas e podem depositar-se em vários pontos do nosso corpo, em especial, nas articulações, nos rins e na pele, causando os problemas de saúde que falaremos mais adiante.
Por que o ácido úrico fica elevado?
Existem, basicamente, três motivos que causam a elevação do ácido úrico. São eles: uma produção muito elevada, baixa eliminação do ácido úrico pela urina e a interferência de determinados medicamentos. Se a pessoa tiver uma dieta descontrolada, com excesso de proteínas (por exemplo, muita carne vermelha), as chances de a produção de ácido úrico se elevar aumentam.
O mesmo acontece com quem ingere muita bebida alcoólica, que gera maior produção de urato e dificuldades na sua eliminação. Outros alimentos que podem contribuir para a situação são aqueles ricos em gorduras saturadas. Nesse caso, existe um aumento do risco de resistência à insulina e da obesidade, dificultando a eliminação do ácido pelos rins.
Quais os sintomas de problemas com ácido úrico?
Para de ficar de olho nas principais alterações no ácido úrico, primeiro, é preciso estar familiarizado com os seus sintomas. Os principais são dificuldade de movimentar a articulação, pedras nos rins, disfunção renal, aumento da resistência à insulina, dor e inchaço nas articulações (mais comuns em joelho, dedão do pé e tornozelos).
Pouquíssimas pessoas com o ácido úrico elevado serão assintomáticas. Vale lembrar que também existem casos de taxas baixas de ácido úrico (hipouricemia), uma condição rara e que não causa sintomas. Geralmente, o problema está associado a doenças renais ou hepáticas, uso de medicamentos, dificuldades metabólicas ou à exposição a substâncias tóxicas.
Dieta para ácido úrico
Como as proteínas têm papel fundamental na produção de ácido úrico, é imperativo que quem sofre com a doença passe a reduzir a ingestão de carnes vermelhas, peixes e frutos do mar. Também é essencial evitar os alimentos industrializados e dar preferência aos naturais. Existem determinados alimentos que ajudam principalmente na recuperação da gota e podem ser incluídos na dieta de quem está com o ácido elevado:
- alcachofra: possui ação diurética e ajuda na eliminação de toxinas;
- cenoura: tem efeito alcalinizante, ou seja, auxilia na retirada de cristais e purinas das articulações;
- limão e laranja: são fontes importantes de vitamina C que age na redução dos cristais no sangue e nas articulações;
- cebola e alho: ajudam a reduzir o colesterol, a pressão arterial elevada e as taxas de ácido;
- semente de abóbora: é bastante diurética e ajuda na eliminação do ácido;
- água: é indispensável para o bom funcionamento dos rins, que têm papel importante para a melhora da doença.
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Referência:
- https://www.tuasaude.com/hiperuricemia/