Você conhece a dieta low carb? Ela funciona?

Será que a dieta low carb é uma abordagem que realmente funciona? Confira e tire suas dúvidas!

Conteúdos

Restringir um grupo alimentar em busca de um corpo magro não é novidade. Ultimamente, a dieta low carb tem feito sucesso entre as celebridades, influenciadores digitais, musas fitness e muitas outras pessoas.

Mas, será que a dieta low carb é realmente uma abordagem funcional? Quais resultados ela pode trazer em médio e longo prazo? Se você compartilha dessa dúvida, continue a leitura.

dieta low carb

O que é a dieta low carb?

Como dissemos na introdução deste artigo, a dieta low carb não é nova e pode ser conhecida por outros nomes, como “dieta da proteína” ou “dieta Atkins”.

A ideia principal é reduzir ou suprimir a quantidade de carboidratos consumida diariamente e aumentar a de proteínas e gorduras.

De acordo com os idealizadores da dieta low carb, a redução de consumo de carboidratos faz com que o corpo entre no estado chamado de “cetose”, passando a utilizar a gordura armazenada como combustível, levando ao emagrecimento.

Por isso, a dieta prega a exclusão ou redução do cardápio de itens como: arroz, massas (brancas ou integrais), cereais (como a aveia), leguminosas (como o feijão), frutas e legumes.

Carboidrato | vilão ou mocinho do processo de emagrecimento?

Nunca se falou tanto sobre “carboidratos” nas redes sociais. Mas, você sabe exatamente o que eles são e por que são tão importantes?

Os carboidratos são responsáveis por fornecer toda a energia que o nosso corpo precisa. O nosso cérebro, por exemplo, utiliza a glicose vinda dos carboidratos para conseguir ter energia e funcionar corretamente.

Uma dieta restritiva nesse grupo alimentar, como é o caso da dieta low carb, coloca em risco a capacidade do nosso organismo de funcionar de maneira correta. É por isso que podem aparecer sintomas como mau humor, fadiga, dor de cabeça, irritação, entre outros.

Para quem realiza atividades físicas, o carboidrato é ainda mais indispensável. Afinal, sem energia, o nosso corpo não conseguirá dar conta da demanda de forma adequada.

As atividades aeróbicas, como corrida, caminhada e natação, exigem um nível ainda maior de energia — e sem uma quantidade adequada de carboidratos na sua alimentação, você poderá acabar até desmaiando durante essas atividades.

Por que a restrição do carboidrato?

Mas, se o carboidrato é tão importante, então, por que restringi-lo? O que muitas pessoas não sabem é que, depois de ser digerido e processado pelo nosso corpo, o carboidrato se transforma em açúcar (glicose), que é usado para dar energia ao nosso corpo.

Diabéticos e pessoas que precisam controlar os níveis de açúcar devem ter atenção redobrada na quantidade de carboidratos. Mas isso não significa suprimi-los da dieta.

Justamente pelo carboidrato se transformar em glicose é que se tem a falsa ideia de que, ao retirá-lo do plano alimentar, você conseguirá emagrecer. Isso pode até ser verdade em curto prazo, mas com o passar do tempo, a realidade será diferente, já que é praticamente impossível manter uma dieta extremamente restritiva.

Sem energia suficiente, o seu corpo passará a utilizar o glicogênio para funcionar. Essa substância está presente nos músculos, ou seja, você notará uma diminuição na sua massa magra.

Outra estratégia de “sobrevivência” do organismo será reduzir o metabolismo, fazendo que, com o passar do tempo, seja cada vez mais difícil emagrecer. Mas não é só.

Como esse tipo de dieta aumenta o consumo de proteínas, é possível que haja uma sobrecarga nos rins e no fígado que precisam metabolizar todo esse excesso.

O trabalho além do esperado pode causar cálculo renal e até levar a uma alteração no pH sanguíneo, que fica mais ácido e pode progredir para um quadro de osteoporose (para neutralizar essa acidez, o organismo passa a resgatar cálcio dos ossos).

Como incluir o carboidrato em uma dieta saudável?

Como você viu, os carboidratos são extremamente importantes para a nossa saúde. Por isso, retirá-los ou suprimi-los da dieta pode não ser uma boa ideia.

Mas, consumir muito carboidrato também não é o ideal, já que ele é transformado em glicose e pode levar ao aumento de peso. Então, como equilibrar essa balança?

Fazendo escolhas mais acertadas de carboidratos. Assim, em vez de consumir pães, bolachas e massas feitas com farinha branca, você poderá investir nas opções integrais.

O grande benefício é que esses alimentos conseguem produzir a energia necessária para o nosso corpo, mas não aumentam rapidamente o nível de glicose, já que são ricos em fibras e de digestão mais lenta.

Além deles, outras fontes de carboidratos do “bem” são as frutas e os legumes, que são ricos em fibras, vitaminas e minerais, nutrientes essenciais ao nosso organismo, melhorando o funcionamento do intestino e ajudando a prevenir doenças. 

Outras opções saudáveis são:

  • os cereais, como a aveia;
  • os tubérculos, como a batata-inglesa, a mandioca e a batata-doce;
  • as leguminosas, como o feijão, a lentilha e a ervilha.

Em uma dieta balanceada, é possível incluir até 7 porções diárias de carboidrato, sempre dando preferência a essas opções mais saudáveis e evitando o consumo de alimentos de farinha branca e também os doces.

Afinal, a dieta low carb é uma boa?

Depois de ler este conteúdo, ficou mais fácil responder se vale a pena investir na dieta low carb, não é mesmo?

Por realizar uma redução drástica no nível de glicose do corpo, pode ser que, em um primeiro momento, ela consiga “enxugar” alguns quilos. Mas, em longo prazo, esse tipo de restrição é insustentável e capaz de fazer muito mal ao seu corpo, trazendo problemas como:

  • falta de energia para que o organismo consiga desempenhar as atividades básicas;
  • redução do metabolismo;
  • perda de massa magra (musculatura), que passa a ser a principal fonte de energia do organismo;
  • sobrecarga dos rins e do fígado;
  • chances aumentadas de desenvolver osteoporose;
  • mau funcionamento do intestino, devido à drástica redução do consumo de fibras;
  • indisposição, dor de cabeça, fadiga e mau humor.

Se você quer emagrecer, mas sem comprometer a sua saúde, a melhor estratégia é modificar seus hábitos alimentares, incluindo um pouco de tudo na sua alimentação e dando preferência aos alimentos naturais.

Esse processo pode demorar mais tempo, mas, com certeza, é capaz de dar mais disposição e ainda de fazer com que você consiga mantê-lo em longo prazo.

Restringir um ou mais grupos alimentares não é uma boa ideia, afinal, todos eles são fundamentais para que nosso organismo consiga funcionar corretamente, por isso, as dietas restritivas acabam levando a inúmeros problemas de saúde.

Ter uma alimentação saudável e equilibrada e praticar atividades físicas ainda é a recomendação mais importante para conseguir emagrecer e, claro, melhorar a sua saúde.

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Referência:

  • https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/nutrientes-essenciais-para-a-saude,5615dc70d7783901c1dee22f2fe87b72255p8o69.html

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